Milícia despeja Ocupação Tereza de Benguela, do MTST, Montes Claros/MG, sem decisão judicial. Basta!

Com 55 famílias sem-terra e sem-teto, o MTST ocupou uma área abandonada, em Montes Claros, MG, no final da Rua Simon Bolívar, no Bairro Independência dia 14/5/2022. A área ocupada “pertence” à Família Ataíde, área de 38 hectares (380.000 m2) no meio de Montes Claros, entre o aeroporto e a Lagoa da Pampulha, área nobre que desde 2016 é ZEIS (Zona Especial de Interesse social), no Plano Diretor da Cidade, propriedade que nunca cumpriu sua função social e os pretensos proprietários devem mais de 7 milhões de reais de IPTU. A ocupação foi batizada de Ocupação Tereza de Benguela e reforça o quanto a luta por moradia é digna e necessária!

Nosso povo mais pobre sofre com a especulação imobiliária e um déficit habitacional de aproximadamente 10 mil unidades em Montes Claros e que só aumentou frente ao atual desgoverno de Bolsonaro e o alimento neoliberal do governador de MG, Romeu Zema.

O MTST reivindica a construção de habitações em um terreno que nunca cumpriu função social e quem vive da miséria alheia seja responsabilizado!

Dep. Leninha: “Valtinho, dono do supermercado BH, tem milícia formada por PMs reformados com porte de arma. Na região de Januária eles atuam como se fossem a lei.

Urgente mesmo uma investigação da formação de milícia armada por estas bandas do Norte de Minas Gerais.”

Dia 15/5/2022, a PM de MG permitiu a entrada de 40 latifundiários e seus jagunços, mas a Rede de Apoio à Ocupação Tereza de Benguela foi barrada pela PM de MG. No comando da PM em Montes Claros o Tem. Carvalho.

Formação de Milícias no Norte de Minas para espancar sem terras e retirar ocupações sem ordem judicial. A PM foi requisitada e não agiu, foi cúmplice de um despejo violento e sem decisão judicial da Ocupação Tereza de Benguela, em Montes Claros. Família Ataíde no comando, com vários homens aparentemente armados. Primeiro, a Família Ataíde colocou seguranças particulares com claro caráter de jagunçagem, cercou toda a área, impedindo pessoas da Rede de Apoio de entrarem na Ocupação. Todo tipo de ameaças, de calúnia, injúria e difamação foram proferidas sobre as famílias que legitimamente lutam por moradia digna e adequada. A PM veio em um primeiro momento, depois foi embora e assumiu postura de ser cúmplice de um despejo feito por jagunços, SEM DECISÃO JUDICIAL. Fecharam as entradas com montes de terra trazidos em caminhões caçambas, inclusive bloquearam uma estrada vicinal do município. O MTST pediu reiteradas vezes para que a PM se fizesse presente, pois era um massacre anunciado. Na Ocupação Tereza de Benguela tinha muitas crianças, idosos, deficientes, crianças autistas com famílias que clamam por terra e moradia, pois não suportam mais a cruz do aluguel ou a humilhação que é sobreviver de favor nas costas de parentes.

Pela vida de milhares de famílias: moradia digna já!

MTST, a luta é pra valer!

Ocupação Tereza de Benguela, do MTST, em Montes Claros, MG, sob ataque de jagunços, dia 15/5/2022. Fizeram o despejo de forma violenta e brutal, SEM DECISÃO JUDICIAL, com a PM de MG sendo cúmplice. Foto: Rede de Apoio ao MTST.

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