28/01/2024, Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, 20 anos do massacre dos 4 fiscais do Ministério do Trabalho em Unaí, MG: 20 anos de impunidade. Até quando?

28/01/2024, Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, 20 anos do massacre dos 4 fiscais do Ministério do Trabalho em Unaí, MG: 20 anos de impunidade. Até quando?

Foto: Arquivo CPT/MG

 Por estarem fiscalizando a existência de situações análogas à escravidão em fazendas dos Mânicas, quatro fiscais do Ministério do Trabalho em Unaí, MG, foram assassinados dia 28/01/2004, às 8h15, os auditores fiscais do Ministério do Trabalho Nélson José da Silva, João Batista Soares Lage e Eratóstenes de Almeida Gonçalves, e o motorista Aílton Pereira de Oliveira em uma emboscada na região rural de Unaí. Dois dos 4 mandantes do massacre continuam impunes: Antero Mânica, Norberto Mânica, Hugo Alves Pimenta e José Alberto de Castro foram condenados a 100 anos de cadeia cada um em julgamento de primeira instância na Justiça Federal em Belo Horizonte, mas o Tribunal Regional Federal da 1a Região (TRF-1) anulou o julgamento do fazendeiro/empresário e ex-prefeito de Unaí Antero Mânica.

Em 13 de setembro de 2023, até que enfim, a Justiça Federal ordenou a prisão dos quatro mandantes condenados pelo massacre dos fiscais em Unaí. O ex-prefeito empresário Antero Mânica e empresário José Alberto já foram presos, mas os empresários do agronegócio Norberto Mânica e Hugo Alves Pimenta continuam foragidos e ainda não foram localizados pelas autoridades. As autoridades policiais seguem em busca por Norberto Mânica e Hugo Alves Pimenta. Eles também foram condenados como dois dos quatro mandantes da Chacina de Unaí. Entretanto, o que seria Justiça maior, não houve o confisco da riqueza acumuladas por eles explorando inclusive trabalho escravo. Até quando ficarão impunes?

1 – Palavra Ética na TVC/BH: Helba Soares, viúva do fiscal Nelson José, da chacina de Unaí . 21/10/15

2 – Marinês, viúva do fiscal Erastótenes, fala sobre o Massacre dos Fiscais em Unaí. 04/09/2013

3 – A CHACINA DE UNAÍ E A CHAGA DA IMPUNIDADE